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Dólar opera em queda e vai a R$ 4,03 com influência do mercado externo

O BCE decidiu cortar sua taxa de depósito, de -0,40% para -0,50%

O banco Central Europeu (BCE) anunciou na manhã desta quinta-feira, 12, o esperado pacote de medidas de estímulos, incluindo cortes de juros e a retomada de compras mensais de ativos, após concluir reunião de política monetária. O BCE decidiu cortar sua taxa de depósito, de -0,40% para -0,50%, e manteve a taxa de refinanciamento em 0%. A redução da taxa de depósito foi a primeira desde março de 2016.

Além disso, o BCE disse que vai retomar seu programa de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês), através do qual comprará 20 bilhões de euros em ativos mensalmente a partir de novembro. Após o anúncio das medidas, o euro virou e passou a cair em relação ao dólar, enfraquecendo-se ainda mais contra outras divisas.

Com isso, o Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, também virou e passou a registrar alta, uma vez que o euro responde por mais da metade da composição da carteira do índice. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou a oportunidade para criticar o Federal Reserve e foi ao Twitter comentar a decisão do BC europeu. "O BCE age rapidamente e corta juros em 10 pontos. E o Fed fica parado", alfinetou o presidente, que nesta semana defendeu "juro zero" na política monetária do BC americano.

"Eles estão tentando, e conseguindo, depreciar o euro contra o dólar", completou Trump.No cenário doméstico, o dólar opera em baixa, num sinal que já vinha sendo indicado antes do anúncio do BCE. Às 9h39 desta quinta, a moeda no mercado à vista era negociada a R$ 4,0351, em baixa de 0,73%.

No mercado futuro, a divisa era cotada a R$ 4,0395, com perda de 0,93%. No exterior, o DXY tinha alta de 0,33%, mas o dólar seguia em queda praticamente generalizada entre divisas de países emergentes e exportadores de commodities. A valorização dessas divisas está apoiada, em boa medida, nos sinais de alívio na guerra comercial entre Estados Unidos e China, depois que Trump anunciou o adiamento da sobretaxação de US$ 250 bilhões em produtos chineses "em sinal de boa vontade".

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