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Bolsa mantém tendência de alta após nova pesquisa do Ibope

Consolidação da liderança de Jair Bolsonaro (PSL) fez o Ibovespa operar em terreno positivo desde a abertura, assim como a arrancada das bolsas americanas, que reforçaram as máximas do dia. Já o dólar teve um novo dia de queda e fechou em baixa de

O aumento do apetite por risco no mercado internacional acentuou a tendência de alta do Índice Bovespa, que fechou com ganho de 2,83% nesta terça-feira (16/09), aos 85.717 pontos, na máxima do dia. O rali das bolsas de Nova York no período da tarde deu fôlego não apenas à bolsa brasileira, mas também às demais emergentes.

O Ibovespa operou em terreno positivo desde a abertura, período em que o mercado repercutiu mais intensamente os dados da mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, que apontou para a consolidação da liderança de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT).

Dados conjunturais dos Estados Unidos, como os da produção industrial e os balanços corporativos, contribuíram para reforçar a tendência de alta ainda pela manhã. Mas as máximas do dia foram registradas à tarde, puxadas pela arrancada das bolsas americanas, em meio a críticas do presidente Donald Trump à política monetária do Federal Reserve.

"A vitória de Bolsonaro - ou a derrota de Fernando Haddad - já está bastante precificada no mercado, o que sugere uma realização de lucros iminente. Além disso, os ativos internacionais não estão tão positivos assim, se olharmos os acumulados das últimas semanas. Mas o investidor ainda não viu um motivo para começar a vender", disse um gerente de mesa de ações.

DÓLAR CONTINUA EM QUEDA

O dólar teve um novo dia de queda nesta terça-feira, e chegou temporariamente a ser cotado abaixo de R$ 3,70, mas não resistiu a operar abaixo deste patamar e terminou o dia em R$ 3,7223, com baixa de 0,43%.

Os investidores mostraram animação com o resultado da pesquisa do Ibope, que mostrou Jair Bolsonaro (PSL) ampliando a distância de Fernando Haddad (PT) e ainda o aumento da rejeição de seu oponente. A queda do dólar ante outras moedas de emergentes também ajudou a retirar pressão no mercado de câmbio brasileiro.

Na mínima do dia, na parte da manhã, o dólar foi a R$ 3,6918, mas a moeda segue encontrando resistência em se manter abaixo do R$ 3,70. A moeda americana não fecha abaixo deste patamar desde 25 de maio.

Para Italo Abucater dos Santos, analista da Tullett Prebon, o câmbio já precificou uma possível vitória de Bolsonaro no segundo turno e agora o mercado vai querer ver mais detalhes da agenda de reformas, ainda muito difusa. Por isso, a tendência é que o dólar fique na casa dos R$ 3,70 a R$ 3,75 nos próximos dias, caso não apareça nenhuma fato novo.

Pesquisa do banco americano Bank of America Merrill Lynch, que entrevistou gestores que administram US$ 113 bilhões, mostra que 50% dos participantes veem o dólar terminando este ano abaixo de R$ 3,80, ante apenas 20% no mês passado. Mas menos de 8% acreditam na moeda inferior a R$ 3,60 em dezembro.

Na parte da tarde, a moeda americana bateu máximas e chegou a R$ 3,7312. Operadores observaram saídas de fluxos pelo canal financeiro, que entraram pela manhã e ajudaram a moeda a atingir mínima.

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