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Empresários e investidores europeus apostam no Brasil
O embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho, chegou ao país há dois anos em meio à crise econômica e política
O embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho, chegou ao país há dois anos em meio à crise econômica e política e, mesmo assim, se mantém otimista. Em visita à Confederação Nacional da Indústria (CNI), na terça-feira (5), Cravinho afirmou que os europeus olham para o Brasil com visão de longo prazo. O embaixador ficará no posto até julho de 2019 e aposta no acordo Mercosul-União Europeia para ampliar a integração entre os blocos. A Agência CNI de Notícias conversou com ele (assista ao vídeo).
Segundo o embaixador, há uma característica muito importante do olhar europeu sobre o Brasil. "Nós olhamos para o longo prazo, nós olhamos para o médio prazo, para o longo prazo. A turbulência que possa existir no curto prazo não é algo assustador", destacou.
Cravinho ressaltou ainda que, em 2017, o Brasil é o país que mais recebe investimento estrangeiro europeu. "Isso significa que o investidor europeu, que o empresário europeu, tem confiança no Brasil, tem confiança no futuro do Brasil e aposta no Brasil". Para ele, a situação que o paíse vive é dolorosa, mas passageira.
ACORDO UNIÃO EUROPEIA/MERCOSUL - Sobre a aproximação dos dois blocos, o embaixador João Cravinho destacou que o acordo "nos vai permitir não só reduzir as tarifas que afetam o comércio de um lado para o outro, como também permitir que os nossos empresários, nossas empresas e os nossos consumidores estejam mais interligados."
Como consequência do acordo, a perspectiva sobre a inovação também será ampliada. "Hoje em dia [a inovação] não acontece só dentro das fronteiras de um país, hoje em dia a inovação está internacionalizada. Então [o acordo] permite pensar em internacionalização de inovação entre a Europa e o Brasil ou o Mercosul, permite pensarmos em convergência regulatória, por exemplo, que fará com que os nossos produtos circulem mais facilmente, não só entre nós, mas também para outras partes do mundo. Que os nossos padrões sanitários e fitossanitários sejam iguais ou convergentes", ressaltou.
A partir do acordo entre Mercosul e União Europeia, Cravinho acredita que será possível, também, aumentar a capacidade competitiva. "Não é um acordo à moda antiga que simplesmente previa a redução de tarifas, esses elementos estarão lá também, mas é um acordo que perspectiva o aumento da nossa competitividade num cenário de globalização, num cenário já globalizado", finalizou.
Veja o vídeo: https://youtu.be/JJy7H1CYCqI
Vídeo: Gilberto Sousa