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Em sintonia com cena externa, dólar cai a R$ 2,373
No fim das operações, o dólar comercial caiu 0,50%, a R$ 2,3730, depois de oscilar entre mínima de R$ 2,3560 e máxima de R$ 2,3780.
Dados positivos da China garantiram uma segunda-feira de alívio no mercado de câmbio brasileiro, e o dólar iniciou setembro em baixa ante o real. O volume de negócios, contudo, foi menor que a média, com a ausência de boa parte dos estrangeiros, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que fechou os mercados em Nova York. No fim das operações, o dólar comercial caiu 0,50%, a R$ 2,3730, depois de oscilar entre mínima de R$ 2,3560 e máxima de R$ 2,3780.
A injeção de quase US$ 1,5 bilhão pelo Banco Central no mercado via dois leilões de swap cambial tradicional - que equivale à venda de dólares no mercado futuro - ajudou a garantir viés de baixa para a moeda. Mas o fato curioso é que o mercado colocou o dólar nas máximas do dia depois do leilão extraordinário de ontem, que movimentou US$ 1 bilhão. Segundo comentou-se nas mesas de operação, o lote extraordinário foi arrematado por apenas um grande banco, e duas outras instituições também de grande porte ficaram de fora. "Esses bancos foram a mercado depois e tomaram dólar futuro. Com isso, a taxa [futura] chegou a bater R$ 2,391 e puxou junto as cotações à vista", disse um operador de um banco estrangeiro.
Outro operador de câmbio de banco disse que alguns agentes ficaram à espera do anúncio de mais um leilão extraordinário de swaps cambiais tradicionais pelo BC, para hoje, o que durante os negócios não se confirmou.
No total, o BC vendeu ontem todos os 30 mil contratos de swap ofertados, sendo 10 mil em leilão programado e mais 20 mil em leilão extraordinário, que havia sido anunciado na sexta-feira. A percepção de analistas é que as ofertas de contratos de swap e de linhas têm ajudado a conter uma corrida por "hedge" (proteção), movimento que recentemente impulsionou o dólar às máximas em quase cinco anos, acima de R$ 2,45.
Embora em menor intensidade, a queda do dólar no Brasil ocorreu num dia em que as principais divisas emergentes e ligadas a commodities se valorizaram, depois de a China divulgar dados mostrando crescimento em sua atividade industrial em agosto e afastando temores de um "pouso forçado" na segunda maior economia do mundo.
Em um pregão de número muito reduzido de negócios, os juros futuros iniciaram o dia na BM&F em queda, acompanhando o dólar. Mas os principais contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) recobraram forças ao longo do pregão e fecharam o dia entre estabilidade e ligeira queda.