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Começam as apostas para reunião do Copom
Já o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2014 - que reflete as expectativas para a taxa de juros daqui até o fim do ano - fechou a 8,95% (ante 8,93% na sexta-feira).
Em dia de agenda fraca dentro e fora do Brasil, a segunda-feira foi marcada por giro financeiro reduzido nos mercados de câmbio e juros futuros, com os investidores começando a montar as apostas para o novo patamar da taxa básica de juros, que será definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nos dias 9 e 10 da semana que vem.
Os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram o pregão em direções opostas. As taxas dos derivativos mais longos caíram, espelhando a perda de fôlego dos retornos dos títulos do tesouro americano (Treasuries) no fim do dia. Depois de bater a máxima de 11,14%, o DI para janeiro de 2017 fechou a 10,99% (ante 11,02% na sexta-feira).
Já o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2014 - que reflete as expectativas para a taxa de juros daqui até o fim do ano - fechou a 8,95% (ante 8,93% na sexta-feira). Pelo fechamento de ontem, os DIs embutem chance maior de uma alta de 0,50 ponto percentual da Selic, para 8,50% ao ano. No fim da semana passada, os juros futuros refletiam uma aposta majoritária em uma aceleração do aperto monetário, ao projetar uma alta de 0,75 ponto.
"Houve um movimento importante de redução das taxas na semana passada, com o mercado voltando a trabalhar com alta de 0,50 ponto", diz Henrique de La Rocque, gestor de renda fixa e derivativos da Brasif Gestão de Recursos. "As apostas mais estruturais para o Copom devem começar a ser formadas nos próximos dias".
Já o dólar comercial encerrou em ligeira queda de 0,04% a R$ 2,2310, seguindo o movimento de desvalorização da moeda americana no exterior.
No mercado interno, a mudança de posicionamento no mercado futuro de dólar verificada em junho na categoria classificada como "outras pessoas jurídicas financeiras" chamou a atenção dos investidores. Essa categoria, que reúne seguradoras e holdings financeiras e de participação, zerou a aposta na queda da moeda americana na última sexta-feira, passando de uma posição líquida vendida em dólar de US$ 3,2 bilhões, no dia 27 de junho, para uma posição líquida comprada em dólar em US$ 125,4 milhões, no dia 28. A posição líquida vendida em dólar desses investidores chegou a US$ 4,2 bilhões em 26 de junho. O que chamou a atenção foi que a aposta na queda do dólar, zerada na sexta-feira, começou um dia depois de o dólar atingir o maior preço do ano, de R$ 2,2580, em 20 de junho, logo após o discurso do presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, que sinalizou que o Fed poderia iniciar a retirada dos estímulos monetários neste ano.