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Empreendedor: é possível comprar uma empresa no azul?

Quebra de paradigmas que rondavam o segmento favorece o mercado, que descobre novas possibilidades de 'pontos comerciais'

Autor: Batista GigliottiFonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

Quando se fala em se tornar empreendedor uma das principais ideias é abrir uma ‘empresa do zero’, ou, ainda, uma franquia nova. Entretanto, o ato de comprar uma empresa que já tenha ponto comercial testado e aprovado, com clientela formada, ganha cada vez mais adeptos no mercado brasileiro. Outro destaque deste meio é que uma parcela considerável dessas empresas à venda - apesar do clichê - vão muito bem, obrigado. Inclusive, repasse de franquias existentes.

Adquirir empresas que estão saudáveis no mercado se torna mais uma opção de quem deseja ingressar no universo empreendedor. Através de metodologias e experiência de mercado de consultores e brokers (profissionais que localizam e avaliam esses negócios) é possível avaliar o real momento das empresas como cansaço/enjôo de fazer a mesma coisa, aposentadoria, mudança geográfica dos sócios, doença, divórcios, desajustes entre sócios, etc.

Estimativas da Sunbelt Business Brokers, maior franquia de intermediação de negócios do mundo, cujo foco principal é comercializar empresas que estão financeiramente saudáveis, revelam que em torno de 15% das empresas estão continuamente à venda nas cidades. O favorável momento econômico brasileiro aliado à crise em mercados europeus, além da dificuldade em localizar pontos comerciais nos grandes centros, faz com que esse número possa aumentar ainda mais nos próximos anos.

Batista Gigliotti, master franqueado da Sunbelt para o Brasil, explica que “esse mercado (de comprar empresas já existentes) está evoluindo bastante desde a chegada da rede ao Brasil (setembro de 2010). Os benefícios de adquirir um negócio pronto, aberto, com uma carteira de clientes sólida e serviços ou produtos testados geram muita confiança ao novo empreendedor, pois, devido ao conhecimento da história do negócio, minimiza muito os riscos do investimento”.

A mudança de cultura dos empreendedores brasileiros é fruto da quebra de paradigmas que rondavam o segmento. “Se para quem ingressa na área é vantajoso comprar uma empresa que já atue no setor, para quem vende, então, os benefícios são melhores que apenas colocar a placa ‘passa-se o ponto’. A confidencialidade é a tônica, para evitar problemas com clientes, funcionários, fornecedores e parceiros. A correta avaliação de um especialista, que mede, através de metodologias e critérios, quanto vale a empresa, só melhora a negociação para o vendedor e o comprador, especialmente porque o vendedor com mais tempo de mercado geralmente não consegue avaliar os intangíveis a agregar ao valor da empresa”, destaca Gigliotti.

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