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Nova fonte de avaliação ou invasão de privacidade? A opção das empresas pela pesquisa em redes sociais para avaliar o perfil de candidatos em fase de recrutamento diverge opiniões entre profissionais de marketing, recursos humanos e psicologia. A alternativa já se tornou determinante no processo de seleção de várias empresas em todo o mundo.

O estrategista de marketing digital, Gabriel Rossi, afirma que a prática se tornou habitual em companhias de todo o Brasil. Para Rossi, a avaliação por meio das redes sociais é um processo mais prático e cômodo. “As comunidades que a pessoa frequenta, o modo como escreve e sobre o que comenta podem apresentar diferenciais, positivos e negativos, assim como o quanto a pessoa é engajada, se possui características de liderança, o que compartilha sobre experiências profissionais, entre outros tópicos”, analisa.

A presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Elaine Jinkings, avalia que o método é aceitável, porém não substitui os meios tradicionais para entrevistas. “É uma prática contemporânea, mas como toda fonte de recrutamento, tem que ser observada porque não é a quantidade que conta e sim a qualidade do candidato”, opina. “É mais uma fonte, mas não a única”, reforça.

Já o psicólogo Eduardo Honorato considera antiética a avaliação de candidatos por meio das redes sociais. “Para questões profissionais, já existe o site LinkedIn. Buscar informações num twitter, num facebook, mesmo como instrumento auxiliar, acho invasão de privacidade”, considera.

Honorato defende que os demais métodos de recrutamento proporcionam várias possibilidades de avaliação. “O psicólogo, por exemplo, trabalha com testes de exclusividade. A questão é que temos instrumentos suficientes sem precisar invadir o espaço pessoal do candidato, pois o que ele posta nas redes sociais não o desqualifica”, argumenta.

Atualmente, o facebook conta com 42,2 milhões de usuários no Brasil, enquanto o twitter possui mais de 33 milhões de brasileiros cadastrados. A rede social de relacionamento profissional LinkedIn tem mais de 7 milhões de usuários brasileiros. 

Do D24am.com